As últimas semanas foram intensas para o mercado de câmbio e a economia no geral. Isso porque o dólar disparou e vem gerando um impacto significante em vários países. Mas por que isso aconteceu? As últimas semanas foram intensas para o mercado de câmbio e a economia no geral. Isso porque o dólar disparou e vem gerando um impacto significante em vários países. Mas por que isso aconteceu?

Dólar sobe no mundo todo: entenda o porquê

Por: | 6 de dezembro de 2019 |

Nas últimas semanas o aumento do dólar intensificou o mercado de câmbio e a economia no geral. Isso porque a moeda americana disparou e vem gerando um impacto significante em vários países. Mas por que isso aconteceu? Quais fatores impulsionam o dólar a subir?

Abaixo, veja seis pontos que contribuem para que o dólar continue em alta:

  • 1. Guerra comercial entre EUA x China

O mercado tem se mostrado cauteloso diante de negociações comerciais que estão acontecendo a passos lentos entre EUA e China. Enquanto os Estados Unidos impõem tarifas aos produtos chineses, também há controvérsias quanto ao reconhecimento de medidas de propriedade industrial pela China.

Foi confirmado que um acordo entre as duas potências está em andamento, o que cria a expectativa de que a guerra tarifária entre os países possa acabar. No entanto, o presidente Donald Trump disse que é possível o acordo chegar ao fim somente após as eleições presidenciais dos EUA, que ocorrerão em novembro de 2020.

E o Brasil?

Essas incertezas fazem o mercado financeiro ao redor do mundo sofrer uma grande influência. Mesmo que seja difícil de mensurar o tamanho do efeito que isso terá, é preciso destacar que a China é um dos parceiros comerciais mais importantes para o Brasil. Produtos brasileiros como soja e petróleo têm como destino número um o mercado chinês.

A complexidade da questão faz com que o Brasil continue acompanhando o desenrolar dos próximos acontecimentos para saber se terá mais benefícios ou prejuízos. Afinal, alguns setores podem aproveitar o momento e outros podem perder espaço.

  • 2. Tensão política

Não dá para deixar de citar a preocupação de investidores e gestores de recursos com o que vem acontecendo na América Latina, como os protestos no Chile e a instabilidade política na Bolívia.

  • 3. Câmbio flutuante

O regime flutuante opera da seguinte forma: o preço da moeda estrangeira é definido pela dinâmica de oferta e demanda. Assim, se a procura pelo dólar é alta ou se o momento é de escassez da moeda no mercado, a tendência é que a cotação aumente. Já se a demanda pelo dólar está em baixa ou se a oferta está em alta, espera-se que a cotação caia.

O mercado de câmbio também tem o Banco Central como outro protagonista dessa história. Afinal, se trata da autoridade monetária do país. E ele pode agir para conter a instabilidade do dólar, seja comprando e vendendo dólares ou até mesmo utilizando as reservas internacionais para intervir no mercado.

  • 4. Falta de crédito internacional

No momento em que instituições financeiras internacionais passam por dificuldades (a tal crise), o dinheiro aplicado pelos governos serve mais para salvar essas instituições do que para circular na economia. Desse jeito, fica mais difícil para as empresas terem em mãos a moeda americana e destiná-la a projetos próprios. Afinal, os bancos passaram a se tornar mais resistentes a empréstimos devido ao cenário pouco estimulante.

  • 5. Carry trade

O nome “carry trade” é usado para descrever o ato de tomar dinheiro a juros mais baixos em um país e aplicá-lo em outra moeda, em mercados onde os juros serão maiores. Ou sejam os juros maiores fazem o país se tornar mais atrativo para investidores estrangeiros que preferem aplicar em lugares com uma recompensa de risco maior. Esse clima de incerteza fez com que investidores deixassem os países emergentes e fossem para a segurança do dólar.

  • 6. Refinanciamento de dívidas

Empresas brasileiras estão sendo estimuladas a trocar o endividamento feito no exterior por emissões em dívida local, já que há uma incerteza no mercado externo e, aqui, os juros estão em baixa. Dessa maneira, as empresas não estariam injetando dólares, o que reduziria a oferta da moeda americana.

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