Governo lança uma série de medidas para estimular a economia
Com a pandemia do COVID-19, a economia mundial vem sofrendo as consequências das medidas de isolamento social e fechamento de diversas atividades que são consideradas não essenciais. E no caso do Brasil, a situação não está diferente.
Dessa forma, o Governo Federal e o Banco Central divulgaram diversas ações para reduzir os impactos e estimular a economia brasileira:
Afrouxamento da meta fiscal
Com o estado de calamidade pública sendo reconhecido pelo Congresso, uma das medidas aprovadas permite que o governo eleve o gasto público e descumpra a meta fiscal prevista para o ano.
O déficit fiscal poderia chegar a até R$ R$ 124,1 bilhões, mas com a medida anunciada, a previsão de déficit nas contas públicas aumentou para R$ 419,2 bilhões.
Ampliação da liquidez nos mercados
O Banco Central anunciou medidas para injetar recursos no sistema financeiro e liberar R$ 1,2 trilhão em liquidez na economia. O objetivo da ação é permitir que os bancos privados tenham mais dinheiro em caixa.
Algumas medidas são:
- Flexibilização das regras das Letras do Crédito do Agronegócio (LCA);
- Liberação adicional de R$ 68 bilhões em depósitos compulsórios;
- Recompra provisória de títulos da dívida externa.
Além de intensificar sua atuação no mercado de câmbio, o Banco Central firmou um acordo com o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), que garante provisão de liquidez em dólares, por meio de linhas de swap de até US$ 60 bilhões.
Apoio a pequenas e médias empresas
O Governo Federal e o Banco Central também anunciaram uma linha de crédito emergencial, de R$ 40 bilhões, para financiar o salário dos funcionários.
O financiamento está disponível para negócios com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano e o recurso é exclusivo para folha de pagamento. As empresas que aderirem terão seis meses de carência e 36 meses para pagar o empréstimo, com juros de 3,75% ao ano; e não poderão demitir os funcionários.
Apoio financeiro a estados e municípios
O governo apresentou um plano de R$ 88,2 bilhões para ajudar com demandas de saúde e impactos econômicos.
Essa medida prevê:
- Transferência de R$ 8 bilhões para gastos em saúde e R$ 2 bilhões para gastos em assistência social;
- Suspensão das dívidas dos estados com a União;
- Renegociações de dívidas com o banco;
- Operações com facilitação de crédito, no valor de R$40 bilhões;
- Recomposição no valor de R$ 16 bilhões para o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Auxílio para trabalhadores informais e autônomos
O Congresso aprovou um auxílio mensal de R$ 600 para trabalhadores informais e autônomos, por três meses. Em casos em que a mulher é a única responsável pelas despesas da casa, o valor pode ser dobrado.
O site e aplicativo da Caixa Econômica Federal já estão disponíveis para o trabalhador fazer a solicitação do benefício. Nessas plataformas também está o passo a passo de como se cadastrar e a explicação sobre quem tem direito ao auxílio.
Flexibilização das leis trabalhistas
O governo publicou uma medida provisória que altera diversas regras trabalhistas durante esse período para auxiliar as empresas e preservar os empregos.
A medida estabelece que acordos individuais entre patrões e profissionais estão acima das leis trabalhistas, desde que se cumpra a Constituição.
Além disso, a MP permite:
- Adoção do trabalho à distância, como o home office;
- Adiamento do recolhimento do FGTS;
- Antecipação de feriados;
- Antecipação de férias individuais ou concessão de férias coletivas;
- Regime de compensação de horas em caso de eventual interrupção da jornada de trabalho;
- Suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho.
Linha de crédito com recurso de fundos constitucionais
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma linha de crédito para pessoas físicas e pessoas jurídicas, de até R$ 100 mil por cliente, para capital de giro, e de até R$ 200 mil para investimentos.
A previsão do governo é de liberar R$ 6 bilhões em empréstimos através dessa linha, e os recursos dos três fundos constitucionais serão concedidos por meio do Banco da Amazônia, do Banco do Nordeste e do Banco do Brasil.
Prorrogação do pagamento de tributos e contribuições
O prazo para o pagamento de tributos federais do Simples Nacional e aos Microempreendedores (MEIs) foi prorrogado por seis meses.
As contribuições obrigatórias das empresas ao Sistema S foram reduzidas em 50% por três meses e a cobrando do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito foi reduzido a zero.
No âmbito tributário, o prazo de validade das Certidões Negativas de Débitos (CND) e das Certidões Positivas com Efeitos de Negativas (CNEND) já emitidas foi prorrogado por 90 dias.⠀⠀⠀⠀
É importante destacar que o Ministério da Economia informou que novas medidas podem ser anunciadas e que critérios podem ser adicionados às que já foram divulgadas.
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