Renato Leite conta os desafios e expectativas para as Paralimpíadas de Tóquio Renato Leite conta os desafios e expectativas para as Paralimpíadas de Tóquio

No clima de Tóquio, Renato Leite conta os desafios e expectativas para as Paralimpíadas

Por: | 30 de julho de 2021 |

O início das Olimpíadas de Tóquio promoveu o retorno de atletas em competições, o que despertou a torcida de todos que não viam as disputas acontecerem já há algum tempo devido à pandemia. 

O interrompimento de atividades afetou atletas de todo o mundo, que tiveram que se adaptar e buscar se superar ainda mais. Com Renato Leite, atleta paralímpico de vôlei sentado, não foi diferente

A superação, aliás, sempre fez parte da história do atleta.

Desde a infância, a paixão pelo esporte esteve presente em sua vida. Começou com o sonho de jogar futebol e, com 18 anos, já atuava como jogador no clube São Caetano. 

De origem humilde e por ser difícil viver de esporte no país, Renato começou a trabalhar cedo. Foi quando, enquanto motoboy, sofreu um acidente que o levou a perder a perna direita.

O esporte paralímpico encontrou Renato ainda no hospital, e hoje, o tetracampeão parapanamericano de vôlei sentado patrocinado pela B&T, se prepara para sua próxima Paralimpíadas, programada para acontecer entre 24 de agosto e 5 de setembro em Tóquio.  

O Esporte e a B&T

Formado em Comércio Exterior, Renato concilia sua vida no esporte com suas atividades na B&T, empresa que já o patrocina há três anos.  

“Temos uma parceria muito bacana. Estar ao lado dessa bandeira forte que é a nossa corretora, que já está há 28 anos no mercado, que apoia e incentiva o esporte paralímpico e tem todo esse reconhecimento é muito bom. Sou grato pelas pessoas que me apadrinharam pela confiança da equipe e espero que essa parceria seja duradoura”, afirmou.

Conversamos com Renato Leite para saber sobre sua história, planos e suas expectativas para esse novo desafio nas Paralimpíadas de Tóquio.

Como você lidou com o adiamento dos jogos e como foi treinar em casa?

Renato Leite: O adiamento das Paralimpíadas e treinar em casa foi algo de ter que controlar a ansiedade. Apesar de que achei ter suportado muito bem, por já ser um atleta experiente, e passei por toda essa experiência de tentar controlar a ansiedade também do nosso grupo, já que têm muitos atletas da nossa seleção em que essa é a primeira Paralimpíadas. Como atleta líder também faço parte do conselho dos atletas paralímpicos e do Comitê Paralímpico Brasileiro, de tentar passar essa tranquilidade também para outros atletas novatos que estão debutando nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. 

O adiamento causou muitas incertezas por conta da pandemia. Estamos vivendo coisas novas, tivemos que treinar em casa para não perder a forma física e isso foi uma adaptação muito grande. De ter disciplina, de continuar se alimentando bem, controlar a ansiedade, continuar melhorando o sono fazendo alguma atividade para gastar energia. Essa era minha preocupação, pois, chegou um tempo em que comecei a não dormir bem, então eu comecei a intensificar ainda mais as atividades dentro de casa para gastar mais energia, ler mais também. 

Quais são suas expectativas para as Paralimpíadas de Tóquio?

Renato Leite: Eu sempre tenho a expectativa do sucesso. Em tudo o que eu vou fazer, mesmo que a situação ou o cenário não estejam favoráveis.

Para todo problema existe uma solução, nós precisamos trilhar esse caminho para solucionar e para ter sucesso em nossa jornada. Então, primeiramente, eu sempre penso nisso. É uma competição extremamente difícil e nós da seleção brasileira, vamos estrear há quase dois anos sem fazer um jogo oficial por conta da pandemia. Na Europa, eles fizeram dois torneios, o Brasil tentou se inscrever, mas foi negada a nossa participação. Nesse cenário, eu vejo as equipes europeias que são as mais fortes e o Irã que domina o nosso esporte, e desde 2014, não perde o jogo. O último que eles perderam foi para o Brasil. As únicas seleções que ganharam do Irã no cenário mundial foram o Brasil e a Bósnia. 

Hoje, somos o segundo no ranking mundial, pode influenciar, mas eu acredito que temos que nos superar, até porque treino é treino e jogo é jogo. Temos plena confiança de que o nosso treinamento está sendo excelente. Estamos chegando ao pico mesmo dentro do treinamento, o treinador e toda a comissão técnica estão sendo muito inteligentes para tentar se aproximar de forma mais real do que é o jogo, na parte técnica, física e psíquica do atleta. Cada jogo tem a sua história e a nossa meta é entrar no pódio e ser medalhista paralímpico. Vamos em busca da nossa medalha dourada.  

Como é conciliar o trabalho na B&T com a vida de atleta?

Renato Leite: Eu sinto muito prazer em trabalhar com a B&T, poder vender os nossos serviços. Eu digo que sou um vendedor nato. Sinto muito prazer em estar me relacionando com os nossos clientes, fazendo novas amizades, networking,  desburocratizando a operação, e prestando consultorias quanto a negócios internacionais. Isso me motiva muito. Queria muito viver só como atleta, mas sabemos como é difícil no nosso país, mas eu sinto muito prazer em ter essa jornada dupla. Sou uma pessoa muito dinâmica, gosto de trazer novas soluções para os nossos clientes e desbancarizar suas operações, trazendo essa eficiência financeira para eles. Então isso me dá muito prazer, além de jogar e representar o nosso país.

Você acha que a sua vivência no mercado de câmbio te ajudou/ajuda na sua vida dentro do esporte? 

Renato Leite: Sim, eu acredito que por desenvolver, trabalhar, conciliar minha carreira como atleta e ter êxito nas duas vertentes, me ajudou muito em ambos os aspectos. No desenvolvimento tanto dentro no mercado financeiro, quanto por trazer minhas experiências dentro do esporte para o nosso mercado, e vice-versa. Trazer essa autonomia e a gestão que existe dentro do mundo corporativo e do mercado de finanças para as “quatro linhas” no esporte. Então, isso faz com que eu fique uma pessoa mais completa, eu acredito. Eu sou um cara que gosta muito de aprender coisas novas. Sempre quero aprender cada dia mais, e não quero parar nunca. Quero deixar um legado muito bacana em ambas as vertentes em que eu atuo, quero fazer a diferença na vida das pessoas na área esportiva, na área financeira e na área de reabilitação e superação. Com certeza, contribuiu muito no meu desenvolvimento em todos os aspectos, conciliar e ter êxito nessas duas funções, tanto no mercado financeiro e também como atleta de alto rendimento, que já foi tetracampeão parapanamericano, medalhista mundial e o melhor do mundo na posição de líbero. 

Mande um recado para família B&T:

Renato Leite: Meu recado para todos os colaboradores e para todos que fazem parte dessa grande instituição de alguma forma é agradecer o imenso carinho e a parceria que eu tenho com todos. Eu tenho o prazer de conhecer uma boa parte dessa família, dos colaboradores, que trabalham interna e externamente. Então, quero agradecer o carinho e a torcida de todos, eu sei que muita gente fala que eu sou uma ferramenta ambulante de inspiração e motivação, por conta da minha história, da resiliência que eu tive nessa jornada após o meu acidente. Quero deixar um recado para todos que é uma coisa que eu sempre digo: o milagre está dentro de cada um de nós, o cenário de nossas vidas e de qualquer problema ou situação que estamos passando, a única pessoa que pode modificar esse cenário é você mesmo. Então, não espere as coisas acontecerem em sua vida, faça acontecer, pois todos nós temos um grande potencial de reverter qualquer situação. Grande abraço a todos e tenho certeza que voltaremos das Paralimpíadas com um grande resultado! 

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