Boletim B&T Câmbio – Janeiro
Bem-vindos à primeira edição do ano!
Este é o primeiro Boletim B&T Câmbio de 2024 e queremos dar as boas vindas a este ano, que certamente nos trará muitas boas notícias!
Te convidamos para continuar acompanhando as edições mensais do nosso informativo e ficar por dentro do que acontece no mercado de câmbio, no setor de turismo e na B&T Câmbio.
Visão de especialista
Real brasileiro fortalece sua posição em 2023, mas cenário global é incerto
Confira uma análise do nosso especialista Diego Costa, Head de Câmbio da B&T para as regiões Norte e Nordeste, sobre a valorização do real no ano de 2023 e as perspectivas para o mercado global em 2024.
A valorização do real em relação ao dólar em 2023 é reflexo de uma série de eventos e mudanças nos cenários econômicos locais e globais. No início do ano, tanto o Brasil quanto os Estados Unidos enfrentavam incertezas, com um novo governo no Brasil levantando dúvidas sobre a estabilidade econômica e o Federal Reserve dos EUA aumentando as taxas de juros para conter a inflação.
O avanço de pautas fiscais no Brasil, como o arcabouço fiscal, a aprovação da reforma tributária e subvenção do ICMS, contribuíram para reduzir as incertezas locais, proporcionando uma perspectiva mais clara sobre o controle do crescimento da dívida pública e aumentando a confiança, corroborada por agências de classificação de risco, atraindo o olhar do investidor estrangeiro.
A desvalorização do dólar em nível global também influenciou a queda acentuada do dólar em relação ao real, chegando a quase 10%. Em outubro, o dólar teve um breve aumento com o início das tensões no Oriente Médio, seguido por uma rápida recuperação à medida que os investidores precificavam os riscos e a inflação desacelerava nos EUA. O cenário político e econômico marcado por desafios relacionados ao crescimento da dívida e problemas orçamentários, também contribuiu para a desvalorização da moeda.
A decisão dos bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa de não elevar mais as taxas de juros neste ano teve um impacto significativo, reduzindo a atratividade de investimentos nessas regiões. O mercado começou a precificar um início de ciclo de cortes no primeiro semestre de 2024. Essa visão dovish não é unanimidade no núcleo do Federal Reserve. Apesar de reconhecerem a desaceleração da inflação, muitos dirigentes consideram que não está ocorrendo no ritmo desejado e que esse otimismo nos mercados não reflete as decisões que a autoridade monetária precisará tomar em 2024.
No cenário local, o Banco Central do Brasil desempenhou um papel crucial na melhoria das expectativas econômicas, adotando uma abordagem técnica. Com a saída prevista do presidente Campos Neto em 2024, permanece a incerteza sobre se seu sucessor manterá o compromisso de resistir às pressões políticas.
Para o próximo ano, continuaremos atentos a questões macroeconômicas, incluindo desdobramentos políticos e econômicos locais e externos. A Argentina, como terceiro maior parceiro comercial do Brasil, e suas propostas econômicas arrojadas também serão fatores a serem monitorados. Além disso, é preciso observar como as economias irão reagir à possível postura dovish dos bancos centrais, e as implicações de conflitos geopolíticos permanecem como riscos imponderáveis.
O setor de turismo vai continuar em crescimento em 2024?
No ano de 2023, segundo a Organização Mundial de Turismo, estima-se que 235 milhões de turistas viajaram para países estrangeiros, mais do que o dobro do registrado no ano anterior. A recuperação ficou entre 80% e 95% dos níveis pré-pandemia.
De acordo com Paulo Victor, Gerente de Varejo das lojas Europa Câmbio, a tendência para 2024 é que o setor continue aquecido e haja um aumento no número de viagens ao exterior.
No Brasil, o setor de turismo projeta um crescimento moderado na alta temporada de aproximadamente 6% no fluxo de estrangeiros ingressando ao país. A alta temporada no país é registrada no período entre novembro de 2023 a fevereiro de 2024.
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