Boletim B&T Câmbio – Janeiro
COMERCIAL
Uma análise de 2022 e as perspectivas para 2023
O ano de 2022 marcou o mundo e o mercado financeiro com uma série de acontecimentos. Então, convidamos você para dar uma olhada nos principais eventos do que passou e o que podemos prever para 2023. Vamos lá?
Rússia X Ucrânia
No início do ano, em fevereiro, a guerra entre Rússia e Ucrânia já assustava e jogava incertezas não só para os dois países como para o resto do mundo. O conflito afetou diretamente o preço de commodities como petróleo, gás natural, trigo e milho, uma vez que os países envolvidos eram os principais exportadores desses produtos.
No Brasil, apesar de toda apreensão no agronegócio, conseguimos encontrar novos exportadores de insumos agrícolas, visto que a Rússia representava 25% dos fertilizantes usados nas safras nacionais.
Já os investidores passaram a buscar novos mercados emergentes, como o Brasil. O papel de exportador de commodities acabou beneficiando o real e abriu perspectivas para a entrada em mercados globais.
As sanções comerciais impostas à Rússia fizeram com que os valores das commodities subissem pelo risco provável de escassez. Assim, a inflação que já era alta, piorou.
O combate à inflação nos EUA
Em março, no dia 16, o Fed (Banco Central dos Estados Unidos) subiu sua taxa de juros pela primeira vez desde 2018. Até 31 de dezembro foram sete altas de juros na tentativa de frear a inflação no país. O efeito repercutiu em diversos países do globo, com destaque para o Reino Unido e outros países da Europa, e Austrália.
No dia 14 de dezembro, o Fed anunciou sua última decisão do ano: alta de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, que agora fica entre 4,25% e 4,50%. Em comunicado, o banco afirmou que levou em conta a baixa taxa de desemprego no país e a inflação ainda elevada, em 7,1% no acumulado dos últimos 12 meses. A guerra na Ucrânia também segue pressionando a inflação, não só nos EUA como globalmente.
Vale lembrar que a escalada de juros nos Estados Unidos acaba afastando o investidor internacional dos países emergentes, como o Brasil. Com menos dólares no país, a cotação da moeda sobe.
A Selic no Brasil e as decisões do Banco Central
No Brasil, a Selic, a taxa básica de juros da economia, começou 2022 em 9,25%, e ao longo do ano vimos um aumento gradativo, chegando aos atuais 13,75%. O Boletim Focus de 19 de dezembro manteve a projeção para a taxa Selic no fim de 2023 em 11,75% ao ano.
Paridade Dólar e Euro
Em 12 de junho vimos a paridade das cotações do dólar e euro, o que não acontecia há 20 anos. Na ocasião, o euro atingiu US$ 1, registrando queda de cerca de 12% de janeiro a junho.
Entre os motivos que levaram ao inédito fato, estão a crise de fornecimento de energia decorrente da Guerra na Ucrânia e o risco de uma recessão na Europa.
China e a política de covid-zero
Do outro lado do mundo, a política de tolerância zero à Covid-19 na China também mexeu com a cadeia de suprimentos globais em 2022. Entre as medidas, estavam o fechamento de empresas e comércio nas áreas de confinamento. A população se revoltou através de diversas manifestações para acabar com as restrições impostas.
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