Boletim B&T XP – Abril

Por: | 29 de abril de 2025 |

Visão do Especialista
Com Diego Costa – Head de Câmbio da B&T XP

O câmbio ainda não encontrou paz e não deve encontrar tão cedo.

A inflação brasileira continua resistente, com pressões que dificultam a convergência para a meta. A taxa Selic deve voltar a subir, o que expõe a dificuldade em calibrar a política monetária em meio a tantas incertezas. Ao mesmo tempo, a fragilidade do ambiente fiscal e programas para estimular o consumo elevam o risco país e reduzem o espaço para qualquer flexibilização nos juros.

No exterior, os Estados Unidos anunciaram medidas tarifárias contra seus parceiros comerciais, reacendendo tensões que podem comprometer fluxos globais e pressionar ainda mais os preços. Esse tipo de política tem um viés inflacionário claro: encarece cadeias produtivas, impacta margens e aumenta o custo final ao consumidor. Ao mesmo tempo, o payroll muito acima do esperado reforça a ideia de uma economia ainda aquecida, o que dá espaço para o Federal Reserve manter juros elevados por mais tempo, uma postura cada vez mais defensiva, mesmo diante de sinais de perda de fôlego em outros setores.

Esse ambiente leva o investidor a lidar com um risco duplo: inflação ainda resistente e atividade em possível desaceleração. A combinação de juros altos, tarifas e demanda robusta pode até sustentar a narrativa de um Fed paciente, mas também levanta dúvidas sobre a capacidade da economia de manter esse ritmo sem escorregar em um cenário de estagflação. Por isso, os próximos dados de consumo, crédito e confiança devem ganhar peso nas decisões, e nas precificações de risco.

Esse cenário pressiona ainda mais os ativos brasileiros, especialmente o câmbio, que segue em forte oscilação. A volatilidade ganhou força e ainda não há sinal de que será diferente nos próximos meses. As incertezas internas e o ambiente externo hostil criam um ambiente difícil para qualquer projeção mais estável.

Não se trata de pânico, mas de um ambiente operacional desconfortável. Para empresas expostas ao dólar, a imprevisibilidade da taxa de câmbio compromete margens e orçamentos. 

Proteger-se não é apenas uma questão de cautela, mas de gestão eficiente de risco. A redução da exposição cambial e o uso de instrumentos de proteção deixaram de ser práticas defensivas para se tornarem decisões de racionalidade financeira, diante de um cenário que não oferece previsibilidade.

A realidade é que o câmbio virou uma variável difícil de administrar. Não há fórmula mágica, nem estabilidade à vista. Enquanto o Brasil continuar enfrentando dúvidas internas e o mundo mantiver sua postura de juros altos e disputas comerciais, a taxa de câmbio seguirá respondendo de forma agressiva. Esperar por calmaria pode custar caro.

Visão do Especialista
Com Marcus Addario – Investor na B&T Invest

Oportunidades e desafios: O impacto dos juros elevados no Brasil e a volatilidade dos mercados globais

Os juros altos no Brasil “facilitam” a vida do investidor, visto que a compra de papéis emitidos pelo governo brasileiro reduz, e muito, o risco das carteiras de investimento. Mesmo com a taxa Selic alcançando 14,25% ao ano na segunda reunião do Copom em 2025, realizada recentemente, nos dias 18 e 19 de março, a aquisição de Letras Financeiras do Tesouro (LFT) continua sendo muito interessante, pois acompanha os juros elevados do país.

Ainda que esse cenário favoreça a alocação em renda fixa, a participação dos investidores na Bolsa de Valores do Brasil, a B3, foi de quase R$ 89 milhões líquidos, já descontadas as saídas da bolsa. A bolsa brasileira registrou uma valorização de pouco mais de 6% em março.

Ao observar o mercado americano, destaca-se o discurso do presidente Donald Trump no final de março sobre o aumento das tarifas nos produtos exportados para EUA, o que tornaria mais caro importá-los. Isso reforça a possibilidade dos juros americanos, hoje, entre 4,25% e 4,5% ao ano, no mesmo patamar. Os índices das bolsas americanas sofreram quedas em março: o índice S&P recuou quase 6%, enquanto o Nasdaq registrou baixa de pouco mais de 8%. Na Europa, o índice EuroStoxx 50 caiu quase 4% no mesmo período.

Time Comercial B&T realiza treinamento sobre Trava cambial com a XP

Estamos sempre em busca de oferecer as melhores soluções financeiras aos nossos clientes e, recentemente, realizamos um treinamento exclusivo com o Time Comercial da B&T XP, conduzido por William Marufuji, FX Sales Trader da XP. O tema foi “Protegendo seu cliente contra a volatilidade do dólar”.

Nesse encontro, aprofundamos estratégias de proteção cambial para garantir previsibilidade e segurança em operações internacionais. Discutimos o conceito de trava cambial, critérios para identificar clientes elegíveis e os diferenciais da XP, além de explorar casos práticos.

Com esse treinamento, elaboramos um material completo sobre Trava Cambial para tirar todas as dúvidas de nossos clientes, ajudando-os a se proteger contra a volatilidade do dólar. 

Clique aqui e veja o material que preparamos sobre Trava Cambial. 

Conte com nossos especialistas para esclarecer suas dúvidas e te ajudar a cuidar do seu patrimônio.

Será que o dólar vai subir ou cair nos próximos meses?

Você já deve ter feito essa pergunta diversas vezes. Mas, prever o futuro da moeda americana em meio a tantas variáveis é um jogo complexo. Então, em vez de tentar adivinhar, convidamos você a refletir sobre algo mais importante: a presença do dólar no seu dia a dia.

Mesmo sem perceber, o dólar já impacta sua vida. O preço do combustível, do pão francês e até das assinaturas de streaming é influenciado pela moeda americana. E quando o dólar sobe, todos esses custos podem subir junto, pesando no seu bolso.

E ainda precisamos lidar com a tendência constante de perda de valor do real em momentos de tensão política e econômica no Brasil. Nesse cenário, a dolarização não é especulação, mas sim uma proteção. 

Dolarizar o seu patrimônio não se resume a esperar o “melhor momento” para comprar a moeda. É uma estratégia contínua de proteção e diversificação. 

Clique aqui e veja o que nosso especialista Felipe Steiman fala sobre essa estratégia tão importante.

Momento do Golfe com a B&T XP  

O golfe é um esporte de precisão que exige foco e muito treino. A atividade, que teve origem na Escócia e chegou ao Brasil no final do século XIX, tem como objetivo acertar uma bola nos buracos de um campo com o menor número possível de tacadas.

O coração da  B&T XP bate forte por esse esporte, por isso, nosso apoio pelo golfe cresce a cada dia. Se você também é um apaixonado por essa modalidade, te convidamos a acompanhar nossas ações e parcerias.

Recentemente estivemos presentes no Torneio Beneficente Japeri Golfe 2025, um evento filantrópico que reuniu 104 golfistas, em uma competição por equipes. Toda a verba arrecadada foi destinada ao projeto social desenvolvido na Baixada Fluminense: a Escola de Golfe de Japeri.

E para ampliar ainda mais nossa conexão com o golfe, em março, iniciamos uma parceria com o portal Golfe em Foco, comandado pelo jornalista Fábio Vicente, que traz as principais notícias do universo de golfe, nacional e internacional. Se você quer se manter informado sobre tudo o que acontece no esporte, acompanhe o portal de notícias no site golfeemfoco.com.br e siga nas redes sociais @golfeemfoco

Dando continuidade ao nosso calendário de ações, o primeiro final de semana de abril/25 marcou o início do Ranking B&T XP Itanhangá 2025. Nos dias 5 e 6 de abril o Itanhangá Golf Clube foi palco da primeira competição do ano: a Taça Presidente Antônio Ferraz. Ao longo de 2025 teremos diversos torneios e você é nosso convidado. Clique aqui para conferir o calendário completo!

Clique aqui e saiba mais sobre a B&T XP

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