Os impactos do real digital, conheça o projeto do Banco Central do Brasil
Por Vivian Portella
CEO da B&T Câmbio e Diretora de Negócios Internacionais do Grupo B&T.
O real digital será uma CBDC (Central Bank Digital Currency), uma moeda digital controlada por um Banco Central, mas que terá o mesmo valor do dinheiro que usamos no dia a dia. O Banco Central do Brasil planeja lançar esta moeda até 2024.
A principal diferença entre a moeda atual e a digital é o fato de não poder ser convertida em cédulas físicas. Para usar o real digital será necessário receber códigos (QR Codes) gerados pelo Banco Central com a indicação da equivalência dos valores.
A intenção é tornar o real digital algo prático no futuro, para ser utilizado em compras, transações e pagamentos. O Banco Central irá emitir e distribuir para bancos, instituições financeiras e empresas que façam parte do sistema de pagamentos.
Em reunião coletiva realizada pelo Banco Central, no dia 6 de Março de 2023, os chefes de departamentos e técnicos das áreas responsáveis pelo projeto atualizaram as diretrizes gerais do real digital, sendo elas:
1.Desenvolvimento de modelos inovadores de tecnologia de smart contracts e emissão de dinheiro programáveis.
2.Desenvolvimento de aplicações para pagamentos online, mantendo, todavia, os modos de pagamento offline.
3.Emissão do real digital como meio de pagamento a serviços financeiros de varejo, liquidados por meio de tokens pelas instituições financeiras do mercado.
4.Aplicação do arcabouço regulatório ao real digital, evitando assimetrias regulatórias.
5.Garantia de segurança jurídica nas operações realizadas na plataforma do real digital.
6.Observância das regras de segurança e LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).
7.Desenho tecnológico que permita integral aderência e atendimento às normas de PLD-FT (Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo), bem como permitir a rastreabilidade dos fundos.
8.Adoção de tecnologia DLT (Distributed Ledger Technology), neste caso, o Blockchain do Ethereum, com intuito de:
- Registros de diferentes ativos de distribuição financeira (mercado de valores).
- Promover a descentralização do provimento de serviços, facilitando a entrada de novos participantes de mercado.
- Garantir interoperabilidade com os atuais sistemas de pagamentos integrados.
- Buscar integração e compatibilidade com sistemas de pagamentos de outros países.
9. Adoção de padrões de segurança cibernética.
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Como vai funcionar o real digital?
Em março de 2023 iniciou-se o piloto de testes chamado Piloto RD, utilizando como base dos testes, ativos financeiros de títulos públicos federais simulados, para que fosse possível, inicialmente, avaliar o funcionamento da estrutura da plataforma criada e, especialmente, avaliar a privacidade dos dados transacionados.
O Banco Central do Brasil (BC) explicou também que na plataforma do Real Digital, os ativos serão transacionados por categorias, tendo sido classificados, inicialmente, de três formas: o primeiro para o mercado interbancário – Real Digital, outro para o mercado de varejo – Real Tokenizado – e, por último, os Títulos Públicos Federais Digitais (TPF).
Iniciando então com foco total nos processos de compra e venda de ativos financeiros, o BC informa ainda que, a agilidade, praticidade e segurança do serviço realizado pela plataforma do Real Digital será tão alta que ele já está sendo chamado internamente de PIX dos Serviços Financeiros.
Um detalhe interessante é que, assim como as criptomoedas podem ser fracionadas atualmente, o real digital também poderá ser utilizado de maneira fracionada.
O Banco Central precisa também que as instituições financeiras autorizadas e participantes do mercado, desenvolvam seus sistemas para adesão ao real digital em suas plataformas. E a expectativa é que em 2024 o real digital seja disponibilizado para a população em geral.
Veja um exemplo abaixo retirado da apresentação do Banco Central do Brasil, do fluxo inicial básico que será testado nesta primeira etapa pelo BC na plataforma.
Saiba mais sobre o real digital no podcast da B&T Câmbio
Se você deseja saber mais sobre o real digital, Vivian Portella, CEO da B&T Câmbio, também falou sobre a novidade para 2024 que ainda está em fase de testes pelo Banco Central. Clique aqui e confira.
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