Juros nos EUA e mercados globais: perspectivas para o Dólar no final do primeiro semestre Juros nos EUA e mercados globais: perspectivas para o Dólar no final do primeiro semestre

Boletim B&T Câmbio – Junho

Por: | 13 de junho de 2024 |

Visão de Especialista
Com Diego Costa – Head de Câmbio da B&T – Norte e Nordeste

Juros nos EUA e mercados globais: perspectivas para o Dólar no final do primeiro semestre

A perspectiva de flexibilização da política monetária nos Estados Unidos impulsiona o otimismo nos mercados globais. No entanto, na reta final de maio, apesar de um resultado positivo da inflação americana, houve uma aceleração na cotação do dólar frente ao real. Essa movimentação não se repetiu de forma consistente em outras moedas de mercados emergentes, exceto no México, onde o peso iniciou junho com forte desvalorização devido ao clima pós-eleitoral e à incerteza econômica.

A cotação do dólar se mantém em um patamar elevado, mas um horizonte de queda começa a se desenhar à medida que os investidores demonstram maior apetite por outras moedas de risco. A expectativa de que o Fed cortará juros duas vezes este ano volta a ganhar força, gerando uma mudança de comportamento nos mercados, que pode influenciar também a trajetória da Selic no Brasil. A queda nos juros americanos tende a aliviar a pressão sobre a moeda brasileira e, entre outros fatores, incentivar o Banco Central do Brasil a adotar uma postura mais flexível.

A política monetária dos EUA exerce um impacto significativo na economia global, incluindo a do Brasil. Decisões do Federal Reserve sobre a taxa de juros podem desencadear movimentos significativos no dólar, afetando diretamente a direção dos juros em outros países. Quando o Fed elevar as taxas de juros, o Banco Central do Brasil pode enfrentar pressões para ajustar a Selic, a fim de evitar uma desvalorização excessiva do real, que poderia aumentar a inflação via preços de importação.

Por outro lado, com juros mais baixos nos EUA, os investimentos no país tornam-se menos atrativos, impulsionando a busca por alternativas em mercados emergentes, que oferecem prêmios maiores. Se a expectativa de manutenção de taxas de juros elevadas por um período prolongado nos EUA se fortalecer, o dólar pode se valorizar em relação ao real, já que juros mais altos tornam os investimentos em renda fixa americana mais atrativos, aumentando o fluxo de capital para o país e a demanda por dólares.

Diversos fatores continuarão influenciando o mercado no último mês do semestre. Internamente, incertezas fiscais, receios de interferências políticas na governança de empresas estatais, debates sobre a meta de inflação e a condução da política monetária também têm sido fontes de tensão, especialmente considerando as projeções de inflação crescentes, essa variáveis possuem potencial de aumentar ou aliviar a desconfiança do investidor estrangeiro.

Por enquanto, a movimentação do câmbio não deve assumir uma direção mais definida até que sejam divulgados importantes indicadores, como o relatório de emprego dos Estados Unidos, a balança comercial da China e a decisão de política monetária na zona do euro. Esses eventos serão determinantes para a direção dos mercados globais e, consequentemente, para a política monetária brasileira e a cotação do dólar. Essa combinação de fatores ainda contribui para um ambiente com menor previsibilidade, influenciando as tendências do dólar no curto e médio prazo.

Esperando a queda do dólar? De acordo com especialistas, não há previsão de queda para a moeda em 2024.

Nos últimos seis meses, o dólar subiu mais de 5%, passando de R$4,90 para acima de R$5,10. Especialistas explicam que isso se deve à política monetária restritiva dos EUA e ao cenário econômico brasileiro. O Federal Reserve mantém taxas de juros altas, atraindo investidores para os EUA e valorizando o dólar. No Brasil, fatores como risco fiscal elevado e mudanças na Petrobras contribuem para a desvalorização do real.

Os especialistas não esperam que o dólar fique abaixo de R$5 em 2024. Para isso, seria necessário um cenário econômico favorável tanto no Brasil quanto no exterior, com reformas estruturais e estabilidade política internamente, além de uma política monetária mais flexível nos EUA.

Fonte: SUNO

B&T Câmbio marca presença no CrossTech 2024

O CrossTech Fintech Payments 2024 é uma conferência que reúne empresas do segmento de pagamentos internacionais do mundo inteiro.

O evento, realizado nos dias 23 e 24 de maio, destaca o que há de melhor na indústria e tem como objetivo oferecer oportunidades de conexão entre empresas dos setores B2B, de tecnologia financeira e de pagamentos internacionais, além da possibilidade de descobrirem novas parcerias e discutirem os assuntos mais relevantes sobre o setor.

A CEO do IZZI Transferências Internacionais, Vívian Portella, esteve presente como painelista, representando a B&T Câmbio, e falou sobre o tema “Insights do Mercado B2B Brasileiro: Tendências, Desafios e Oportunidades.”

Os participantes do painel debateram sobre as regulamentações, desenvolvimento de estratégias eficazes de pagamentos internacionais, e ainda compartilharam insights e dicas às empresas que desejam entrar no mercado.

Para Vivian, a participação no CrossTech foi uma oportunidade para promover novas conexões com líderes de outras empresas, além de ter acesso a negócios inovadores no mercado e renovar contatos com profissionais do segmento de câmbio e pagamentos internacionais.

A presença da B&T Câmbio no CrossTech Fintech Payments 2024 não apenas reforçou o compromisso da empresa com a excelência e inovação em serviços financeiros, mas também destacou a posição da B&T no mercado global de câmbio e pagamentos internacionais.


Brasil registra maior receita da história com turismo internacional

Turistas internacionais deixaram US$2,06 bilhões no Brasil no primeiro trimestre de 2024, o maior valor da série histórica iniciada em 1995. Este valor é 21,3% maior que os US$1,7 bilhões do mesmo período do ano passado e supera os US$1,81 bilhões de 2019, antes da pandemia de Covid-19.

O recorde de receitas acompanha o recorde de entradas de turistas internacionais no Brasil entre janeiro e março de 2024, totalizando 740.483 visitantes, 1,6% acima do recorde anterior de 2018. Comparado a março de 2023, houve um aumento de 28,8% no número de visitantes.

Março de 2024 registrou US$592 milhões em receitas, um aumento de 3,85% em relação a março de 2023. Os melhores resultados anteriores foram em 2012, 2016 e 2017.

A diversificação de destinos na América do Sul, resultou em significativos aumentos de turistas do Uruguai (94,9%), Paraguai (93,3%), Chile (45,6%) e Argentina (16,9%). Na Europa, Portugal e Alemanha registraram crescimentos de 34,9% e 22,9%, respectivamente. Nos Estados Unidos, houve um aumento de 10,1% com 83.609 turistas.

Fonte: Gov.br | Viagens e Turismo

Parceria entre companhias aéreas faz ações dispararem

As companhias aéreas Azul e Gol anunciaram um acordo de cooperação comercial para conectar suas malhas aéreas no Brasil através de um codeshare. Isso permitirá que consumidores comprem passagens no site de uma empresa para voos operados pela outra. A cooperação começará no final de junho, oferecendo mais opções de voos aos clientes.

A parceria surge após a Gol iniciar um processo de recuperação judicial nos EUA, com dívidas de R$20 bilhões, e pode ser um passo estratégico para uma possível fusão.

A parceria inclui as rotas domésticas exclusivas, operadas por uma das duas empresas e não a outra, englobando mais de 150 destinos operados pelas duas companhias aéreas. A Azul opera em rotas alternativas, enquanto a Gol se concentra nas principais rotas.

Após o anúncio, as ações das companhias aéreas na Bolsa brasileira dispararam. A AZUL4 subiu 5,18%, para R$10,36, enquanto GOLL4 disparou 11,9%, para R$1,41.

Fonte: G1 | Infomoney

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